Prezado participante,
Este é o boletim de investimentos da CargillPrev, contendo os principais acontecimentos no mercado no mês de agosto de 2021.
Boa leitura!
O mês de agosto foi marcado pela continuidade da performance positiva dos mercados globais. Nos EUA, o presidente do FED, em linha com alguns membros do comitê, mostra-se preocupado com as perspectivas de inflação para o ano que vem e a desigualdade na recuperação do mercado de trabalho, mas indicou que os critérios de inflação para a diminuição do programa de estímulos monetários já foram atendidos, e, embora os critérios de emprego ainda não tivessem sido atendidos, o comitê esperava que isso ocorresse nos próximos meses. Powell reforçou que a decisão ainda depende da evolução do mercado de trabalho e, portanto, a diminuição desse programa não traz implicações diretas para o aumento das taxas de juros.
No mercado de ações, mais uma vez, acompanhamos um mês de valorização no S&P (2,90%). A curva de juros americana abriu, enquanto o dólar ganhou força contra as principais moedas desenvolvidas (alta de 0,42%).
No Brasil, os ativos não acompanharam o ritmo dos mercados globais, sofrendo o impacto da necessidade de maior alta na SELIC, da pressão inflacionária e de receios com relação ao crescimento do país. Somada a esses fatores, a crescente pressão por flexibilizar a política fiscal com discussões sobre o volume dos precatórios e a expansão de programas sociais afeta, diretamente, o compromisso com o teto de gastos. Como consequência, a curva de juros abriu em toda sua extensão.
Com o balanço de riscos para o IPCA ainda negativo, o Banco Central intensificou o ritmo de aperto monetário e elevou em 1,0 p.p., para 5,25%, a SELIC na reunião de agosto. O Banco Central seguiu com um comunicado rígido e mostrando compromisso com a meta. Além de a autoridade monetária indicar que antevê outro ajuste da mesma magnitude na próxima reunião, o Copom afirmou ser apropriado um ciclo de elevação da taxa de juros para patamar acima do neutro para poder alcançar a meta de inflação a partir do próximo ano.
No mercado de ações, o índice IBOVESPA fechou agosto com queda de 2,48%, zerando os ganhos do ano.
O IPCA divulgado em agosto registrou alta de 0,87%. O grupo “Transportes”, individualmente, teve o maior impacto no mês, puxado pelos preços dos combustíveis. Nos índices IMA, o melhor retorno está vinculado aos ativos com duration de até 5 anos, levemente positivo (0,15%). Por fim, o IFMM oscilou positivamente em 0,16%.
Todo mês uma nova análise de investimentos. Acompanhe nosso boletim e aproveite.
Até a próxima,
Alexandre Muniz
Diretor de Investimentos CargillPrev