Prezado participante,
Este é o boletim de investimentos da CargillPrev, contendo os principais acontecimentos no mercado no mês de fevereiro de 2022.
Boa leitura!
O mês de fevereiro foi marcado pela tensão entre Rússia e Ucrânia, que resultou no início do conflito entre os dois países no final do mês. O confronto adiciona mais incerteza aos mercados globais, que já apresentavam volatilidade em função da expectativa de reação dos Bancos Centrais às disseminadas pressões inflacionárias que o contexto da pandemia trouxe. Os efeitos desse evento devem reforçar os riscos inflacionários para os próximos meses.
No mercado internacional de juros, acompanhamos uma abertura da parte curta das curvas de diversos países, refletindo a preocupação com a pressão inflacionária, enquanto que, na parte mais longa, os juros acabaram fechando com o início do conflito, refletindo a maior incerteza que temos no momento.
Nos Estados Unidos, a inflação americana chegou a patamares superiores a 7% ao ano e o mercado de trabalho continua apresentando sinais de fortalecimento no curto prazo. Com isso, o FED já sinalizou a primeira elevação da taxa de juros e, durante o mês, os juros com vencimento entre 1 e 3 anos abriram mais de 20 bps, enquanto os juros para 10 anos abriram 4 bps.
Com maior aversão ao risco nos mercados, o S&P 500 e o dólar fecharam em queda (2,9% e 4,07%, respectivamente).
No Brasil, os ativos de risco tiveram desempenho positivo no mês, distanciando-se do tom negativo dos mercados internacionais. No mercado de renda fixa, houve reação à comunicação mais conservadora do Banco Central, com sinalização de ao menos mais dois aumentos na taxa SELIC e a continuidade de dados de inflação mais fortes do que o esperado. Como consequência, houve uma abertura de toda a curva de juros nominal, principalmente até o vértice com vencimento em janeiro de 2025, e uma abertura na precificação da inflação implícita, especialmente para 2023.
No mercado de ações, ainda é possível observar a entrada do investidor estrangeiro que, atraído pelo valuation atrativo e grande exposição às commodities da nossa Bolsa e significativo diferencial de juros, o que ajudou o Ibovespa a subir 0,89% no mês.
O IPCA divulgado em fevereiro registrou alta de 1,01%, acima das expectativas mais uma vez. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA permanece nos dois dígitos, acumulando 10,54%. Nos índices IMA, o maior retorno no mês está vinculado aos ativos com duration até 5 anos, positivo em 1,06%.
Todo mês uma nova análise de investimentos. Acompanhe nosso boletim e aproveite.
Até a próxima,
Alexandre Muniz
Diretor de Investimentos CargillPrev