Prezado participante,

Este é o boletim de investimentos da CargillPrev, contendo os principais acontecimentos no mercado no mês de dezembro de 2024.

Boa leitura!

Nos EUA, o FOMC decidiu por cortar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para o patamar de 4,25% a 4,5% ao ano. Inicialmente, o Comitê sinalizou somente 2 cortes para 2025, indicando certa cautela para não retrair o mercado de trabalho. O CPI teve alta de 0,3% em novembro, puxado por custos de moradia, alimentos, foodservice e energia. O PCE também apresentou alta de 0,3% em novembro e foi pressionado por bens recreacionais (equipamentos de áudio, vídeo e fotografia), veículos (incluindo peças), serviços de apostas, associação de clubes, centros esportivos, parques, teatros e museus. O nível de desemprego aumentou ligeiramente, para 4,2% e o payroll foi de 227.000 no mesmo período.

As Bolsas dos EUA sofreram um grande choque decorrente das sinalizações do FED, sobre um ritmo mais lento no corte de juros. Algumas se recuperaram parcialmente até o fim do mês (S&P 500: -2,50%; Nasdaq 100: -0,72%; Dow Jones: -4,93%).

A inflação da Zona do Euro foi de 2,2% no mês de novembro, em números anualizados. O maior impacto na inflação se originou do setor de serviços, seguido por alimentos, álcool e tabaco. A alta inflacionária de novembro também foi justificada, parcialmente, pelos aumentos salariais.

No Brasil, o IPCA de novembro foi de 0,39%, 0,17 p.p. menor do que o de outubro (0,56%). O índice acumulou alta de 4,87% nos últimos 12 meses e 4,29% no ano. A principal variação veio da categoria Alimentação e Bebidas (1,55%), com destaque da carne bovina. Podemos ressaltar também uma alta na alimentação fora do domicílio (0,88%), passagens aéreas (22,65%), pacote turístico (4,12%) e hospedagem (2,20%). Por último, a energia elétrica residencial ficou mais barata (- 6,27%), pois saiu da bandeira tarifária vermelha para a bandeira amarela.

A última reunião do Copom para este ano definiu a taxa Selic em 12,25%. O relatório FOCUS (data base: 20/12/2024) projeta aumento dos juros para o próximo ano (final de 2025: 14,75%). No caso do IPCA, também podemos destacar um aumento das expectativas ainda para este ano (2024: 4,91%; 2025: 4,84% e 2026: 4,00%). A piora do cenário pode ser justificada por uma desancoragem mais intensa, principalmente pela percepção do impacto inflacionário decorrente do Real desvalorizado e da expansão fiscal.

Em relação aos principais índices de mercado no mês de dezembro, destacam-se o CDI, com 0,93%, IFIX com 0,41%, o IBOVESPA, com -3,95%, o SMLL, com -7,24%, o MSCI WORLD (BRL), com -0,45%, o IMA-B, com -2,87% e o Dólar, com 2,29%.

Em dezembro, o mercado de investimentos de renda fixa teve um baixo desempenho porque as taxas de juros subiram. Como já citado anteriormente, o Banco Central do Brasil aumentou a taxa Selic para 12,25% ao ano, e isso fez com que os investidores esperassem mais aumentos no futuro. Nesse cenário, os títulos LFTs (títulos do governo) também foram afetados, principalmente porque muitos investidores retiraram seu dinheiro desse investimento e houve menos procura por esses títulos. Atualmente, o fundo Super Conservador só possui LFTs e investimentos compromissados (que são acordos de recompra de títulos), e por este motivo observamos um leve descolamento do retorno deste perfil no mês em relação ao indicador de mercado. Já os demais perfis tiveram maior impacto na renda fixa devido à marcação a mercado dos títulos públicos, as NTN-Bs compradas anteriormente tiveram os preços ajustados de acordo com o preço de mercado atual, o que pode resultar em ganhos ou perdas contábeis temporárias. No entanto, no vencimento desses títulos, o pagamento será realizado com o valor nominal mais os juros acordados, independentemente das flutuações de mercado que ocorreram durante o período de investimento.

Confira como foi a performance dos índices de mercado, considerando a atual alocação de cada Perfil de Investimento por classes de ativos.

Todo mês uma nova análise de investimentos. Acompanhe nosso boletim e aproveite.

Até a próxima,
Alexandre Muniz
Diretor de Investimentos CargillPrev