Prezado participante,
Este é o boletim de investimentos da CargillPrev, contendo os principais acontecimentos no mercado no mês de novembro de 2024.
Boa leitura!
Nos EUA, o FOMC decidiu por cortar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 4,5% e 4,75% ao ano. A maior parte do mercado espera outro corte de 0,25 p.p., na última reunião do ano – expectativa justificada por uma inflação relativamente estável. O CPI teve alta de 0,2% pelo quarto mês consecutivo, puxado por custos de moradia, alimentos e foodservice (restaurantes, bares e lanchonetes). O PCE também apresentou alta de 0,2% em outubro (segundo mês consecutivo) e foi pressionado por serviços, principalmente de assistência médica (hospitais) e moradias. O nível de desemprego se manteve estável em 4,1% e o payroll se manteve praticamente neutro no mesmo período.
As Bolsas dos EUA foram impulsionadas no mês de novembro pela vitória de Donald Trump e expectativas de cortes tributários em seu governo. (S&P 500: 5,73%; Nasdaq 100: 5,23%; Dow Jones: 7,54%).
A inflação da Zona do Euro foi de 2% em outubro e espera-se 2,3% no mês de novembro, em números anualizados. O maior impacto na inflação se originou do setor de serviços, seguido por alimentos, álcool e tabaco. A alta inflacionária de outubro e as expectativas sobre novembro podem ser justificadas pelos aumentos salariais e espera-se uma redução no ritmo e intensidade do corte de juros pelo BCE.
No Brasil, o IPCA de outubro foi de 0,56%, acumulando 4,76% nos últimos 12 meses e 3,88% no ano. O aumento considerável da inflação pode ser justificado principalmente por efeitos ainda decorrentes da estiagem prolongada e de uma atividade econômica positiva. O impacto foi maior nos preços da energia elétrica (4,74%) e em diferentes tipos de carne. Houve também reajustes nos planos de saúde (0,53%) e uma desvalorização do real frente ao dólar, intensificando as implicações inflacionárias.
O relatório FOCUS manteve a previsão da taxa Selic em 11,75% até o fim do ano. Entretanto, elevou suas projeções para os próximo dois anos (2025: 12,63% e 2026: 10,5%). No caso do IPCA, também podemos destacar um aumento das expectativas ainda para este ano (2024: 4,71%; 2025: 4,4% e 2026: 3,81%). Essa desancoragem pode ser justificada principalmente pela percepção do impacto inflacionário do real desvalorizado, atrelado a atividade aquecida e expansão fiscal. Esses fatores também impactaram de forma negativa o Ibovespa.
Em relação aos principais índices de mercado, no mês de outubro destacam-se o CDI, com 0,79%, IFIX com -2,11%, o IBOVESPA, com -3,12%, o SMLL, com -4,48%, o MSCI WORLD (BRL), com 9,45%, o IMA-B, com 0,02% e o Dólar, com 4,77%.
Confira como foi a performance dos índices de mercado, considerando a atual alocação de cada Perfil de Investimento por classes de ativos.
CLASSES | RENDA | RENDA | MULTIMERCADO | EXTERIOR |
SUPER CONSERVADOR | 100,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
CONSERVADOR | 90,4% | 0,0% | 6,2% | 3,4% |
MODERADO | 71,4% | 10,8% | 8,4% | 9,2% |
ARROJADO | 56,3% | 24,7% | 10,3% | 8,7% |
SUPER ARROJADO | 39,4% | 37,8% | 12,5% | 10,3% |
TOTAL CARGILLPREV | 81,5% | 7,4% | 6,0% | 5,1% |
ÍNDICES DE MERCADO | CDI | Ibovespa | IHFA | Barclays com hedge |
NOVEMBRO/2024 | 0,79% | -3,12% | 1,40% | 1,19% |
O resultado acumulado está positivo e com retorno real acima da inflação, apesar da volatilidade do mercado dos últimos meses, que impactou diretamente os perfis com maior diversificação nas classes de ativos.
Consolidado | Novembro/2023 | RETORNO ACIMA | PERCENTUAL DO CDI |
SUPER CONSERVADOR | 10,46% | 5,59% | 96,54% |
CONSERVADOR | 8,40% | 3,53% | 77,54% |
MODERADO | 7,22% | 2,34% | 66,59% |
ARROJADO | 5,18% | 0,31% | 47,83% |
SUPER ARROJADO | 3,80% | -1,08% | 35,04% |
Desde o início do ano, temos feito compras de NTN-B’s em diversas tranches para aproveitar o preço médio das taxas, e a partir de maio, quando as taxas se tornam mais atraentes, aumentamos ainda mais a posição e passamos a reduzir a parcela de bolsa dos portfolios, essa estratégia protegeu as carteiras de perfis com mais diversificação durante este período.
Todo mês uma nova análise de investimentos. Acompanhe nosso boletim e aproveite.
Até a próxima,
Alexandre Muniz
Diretor de Investimentos CargillPrev